A remoção da Favela do Moinho em São Paulo gerou forte comoção social e críticas de especialistas em urbanismo, direitos humanos e saúde pública. A comunidade, localizada na região central da capital, está sendo alvo de ações da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) por ordem do governo estadual, comandado por Tarcísio de Freitas. O processo, iniciado sem aviso prévio e sem conclusão de acordos com os moradores, tem sido classificado como desumano e autoritário por pesquisadores e lideranças comunitárias.
Durante os dias 12 e 13 de maio de 2025, tratores e forças policiais ocuparam a Favela do Moinho, surpreendendo os moradores que ainda estavam em negociações com o governo. A repressão incluiu o uso de bombas de gás e balas de borracha contra manifestantes que tentavam proteger suas casas. A remoção da Favela do Moinho em São Paulo vem sendo conduzida de forma considerada truculenta, desrespeitando pactos previamente estabelecidos com a Associação de Moradores.
A pesquisadora Amanda Amparo, da Universidade de São Paulo, acompanha de perto a situação e denuncia a violação de acordos feitos anteriormente. Segundo ela, havia um entendimento de que as casas dos moradores que aceitassem sair seriam apenas descaracterizadas, e não demolidas. No entanto, a remoção da Favela do Moinho em São Paulo tem ignorado esse acordo, colocando em risco a estrutura de outras moradias e criando um ambiente insalubre, com entulhos e risco de contaminação.
A destruição das moradias vai além do dano físico. A remoção da Favela do Moinho em São Paulo também compromete a dignidade dos residentes. Ambulâncias não conseguem acessar a comunidade, o transporte escolar foi interrompido e moradores relatam dificuldades até para obter alimentos. Esse cenário reflete uma tentativa de esgotar a resistência da comunidade por meio da desestruturação completa do cotidiano de quem vive no local há mais de três décadas.
A proposta do governo estadual inclui a oferta de apartamentos da CDHU e um auxílio-aluguel de R$ 800. No entanto, especialistas alertam que essas medidas não são viáveis, especialmente no centro da cidade, onde os preços dos imóveis são muito superiores. A remoção da Favela do Moinho em São Paulo, sem uma política habitacional eficaz e justa, ameaça empurrar dezenas de famílias diretamente para a situação de rua, aprofundando o problema social que o próprio Estado deveria combater.
Além da perda das casas, os moradores da Favela do Moinho enfrentam o rompimento de laços sociais construídos ao longo de anos. A remoção da Favela do Moinho em São Paulo implica em dispersar uma comunidade organizada, com redes de apoio mútuo, infraestrutura própria e uma história de resistência no coração da cidade. Essa ruptura forçada ignora o papel fundamental que o território tem na vida dos cidadãos.
O terreno da favela é alvo de interesse do setor imobiliário há anos, e o governo pretende transformá-lo em um parque urbano. A remoção da Favela do Moinho em São Paulo, nesse contexto, levanta sérias dúvidas sobre as prioridades da gestão pública. Ao invés de investir em urbanização, regularização fundiária e melhorias para quem já vive ali, o Estado opta pela expulsão e substituição dos moradores por um projeto urbanístico que exclui os mais pobres.
Diante de todas essas violações, cresce a mobilização de entidades civis, universidades e veículos independentes contra a remoção da Favela do Moinho em São Paulo. A luta da comunidade não é apenas por moradia, mas também pelo direito à cidade, à dignidade e ao reconhecimento de sua existência. A história da Favela do Moinho é também a história da resistência urbana frente aos avanços da especulação imobiliária e à omissão de políticas públicas inclusivas.
Autor: Lachesia Inagolor